segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Benicio, o desenhista dos cartazes de cinema e pin-ups ganha novo livro biográfico escrito por Gonçalo Junior
E Benício criou a mulher é uma obra que esmiúça a carreira do maior artista brasileiro que soube como ninguém transpor para o papel imagens de belíssimas e sedutoras mulheres, e centenas de capas de pocket book e cartazes de cinema. 
A nova obra trata de sua vida, desde a infância, quando chega a Porto Alegre, passando pela adolescência como músico, seu inicio como desenhista nas publicações da Rio Gráfica e da Monterrey, ao estrelato criando pôsteres para o cinema e artes para a publicidade.
E Benício criou a mulher é uma é essencialmente uma obra sobre sua vida. Ele que é um dos maiores do mundo em seu estilo. Que sempre foi imitado e nunca superado.
O livro traz dezenas de fotografias de sua vida pessoal, em diferentes épocas. Apresenta mais de 100 imagens coloridas de suas magníficas criações, e centenas de imagens em preto e branco. Muitas delas raras. 
Gonçalo Junior elaborou E Benício criou a mulher... após muitas horas de entrevistas e anos trocando correspondências com o ilustrador. Compondo assim um volume imperdível, que emociona por revelar o alto grau de cavalheirismo deste artista oriundo da aristocracia originada nas estâncias do interior do Rio Grande do Sul. 
E Benício criou a mulher... é um volume imperdível para o fã de desenho e arte.
Serviço:

E Benicio criou a mulher...
Autor: Gonçalo Junior
Preço: R$ 79,90
Estrutura: 416 páginas - 80 em cores
Formato: 16 x 23 cm - Capa em flip 
ISBN 978-85-89601-31-3
Realização: Opera Graphica Editora
Distribuição: Comix
distribuidora@comix.com.br
Lançamento: 19 de Dezembro de 2012
A partir das 19 horas
Local: Livraria da Vila
Alameda Lorena, 1731
São Paulo - SP
(0xx)11 3062-1063
Autografando: 
Benício e Gonçalo Junior 

MAIS INFORMAÇÕES

Boa parte dos mais importantes filmes brasileiros realizados entre 1965 e 1985 — cerca de 300 — teve o cartaz criado num estúdio no Rio de Janeiro por um artista gaúcho, o discreto José Luiz Benicio da Fonseca, ou apenas Benício. Ele chegou a fazer mais de 30 cartazes por ano. A lista vai de A madona de Cedro, Independência ou morte e O Casamento, ao megassucesso Dona Flor e seus dois maridos, até o recente Pelé eterno. 

O artista gráfico produziu também os pôsteres de todos os filmes de Os Trapalhões feitos de 1974 a 1991 . Precisamente, 31. Mas foi no gênero pornochanchada que acabou por se tornar o ícone de uma época e de uma geração. Não é possível relembrar as décadas de 197O e 1980 sem vir à mente atrizes voluptuosas, de olhos grandes, lábios carnudos, curvas de violão e decotes generosos dessas comédias que ele soube representar com seu talento único. Mais de duas centenas de cartazes dessas produções saíram de sua prancheta.

O cinema, no entanto, não foi a única faceta desse versátil mestre das artes gráficas que alguns consideram o maior ilustrador brasileiro de todos os tempos e aquele que desenhou mulheres sensuais e elegantes como nenhum outro. Seu nome faz parte da história da publicidade brasileira com um destaque ainda não mensurado. Ele passou pelas mais importantes agências do país – McCanErickson, Denison e Artplan, entre outras. E ilustrou marcas fortes como Coca-Cola, Esso, Banco do Brasil e Rock in Rio.

Coube a Benicio dar cara também a outro formato de comunicação popular, os livros de bolso, descartáveis e vendidos em bancas de jornal. Para a mítica editora carioca Monterrey, onde estreou em 1963. Ele fez mais de cinco mil capas. Boa parte com a heroína Brigitte Montfort, a espiã americana que teve cerca de 500 volumes publicados em quatro décadas, e centenas de reedições. Fenômeno único no mercado editorial brasileiro.

Neste perfil biográfico lançado originalmente em 2006, e agora revisto, ampliado e reescrito, Benicio é revelado como pessoa e como artista. Quem poderia imaginar, por exemplo, que ele foi um genial pianista cuja promissora carreira acabou abortada na década de 1950 para que pudesse se dedicar ao desenho? O livro conta ainda como, após a infância difícil em Porto Alegre, ele começou na editora carioca RGE, de Roberto Marinho, onde se destacou como capista das revistas femininas Cinderela e Contos de Amor, de Filmelandia e Radiolandia. Até entrar no mundo do publicidade, da literatura e do cinema. 

Agora, ao complentar 76 anos, , Benicio continua inquieto, perfeccionista e incansável. Prossegue em seus experimentos de traço e, o melhor de tudo, realizando obras de muita sensualidade. Sem abrir mão das curvas das mulheres que criou como se fosse Deus.

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